domingo, 31 de julho de 2011

Torres
















Torres é um município brasileiro situado no extremo norte do litoral Atlântico do estado do Rio Grande do Sul. A paisagem da cidade se destaca por ser a única praia do Rio Grande do Sul em que sobressaem paredões rochosos à beira-mar, e por ter à sua frente a única ilha marítima do estado, a Ilha dos Lobos.
O sítio da cidade foi habitado pelo homem desde milhares de anos atrás, que deixou testemunhos físicos na forma de sambaquis e outros achados arqueológicos. No século XVII, durante a colonização do Brasil pelos portugueses, por estar encravado em um estreitamento da planície costeira sulina, o local passou a se constituir rota de passagem obrigatória para os tropeiros e outros desbravadores e aventureiros luso-brasileiros vindos do norte pelo litoral - a única outra passagem que havia então era por cima do planalto de Vacaria - e que buscavam os rebanhos livres de gado que se multiplicavam no pampa mais ao sul e caçavam os indígenas para fazê-los escravos. Muitos acabaram por se fixar na região e se tornaram estancieiros e pequenos agricultores. E por dispor de morros junto à praia, logo foi reconhecido seu valor estratégico como ponto de observação e controle de passagem, de importância militar e política no processo de expansão do território português sobre o espanhol. Foi fundada ali na última quadra do século XVIII uma fortificação, que entretanto logo foi desmantelada quando a conquista se efetivou.
A construção da Igreja de São Domingos no início do século XIX atraiu para seu entorno muitos dos residentes dispersos na região, estruturando-se desta forma um povoado. Sua evolução ao longo deste século, porém, foi morosa, mesmo tendo recebido levas de imigrantes alemães e italianos, sobrevivendo numa economia basicamente de subsistência. A expansão econômica, social e urbana só aconteceu a partir do início do século XX, quando em vista de sua bela paisagem, clima ameno e boas praias de banho, o potencial turístico da cidade foi descoberto e passou a ser explorado. Desde então cresceu com mais vigor e celeridade, chegando hoje a se tornar uma das praias mais procuradas do estado, recebendo no verão um público flutuante mensal de duzentas mil pessoas, muitas delas estrangeiras, vindas principalmente dos países do Prata. Isso contrasta com as dimensões de sua população fixa, que pouco passa dos trinta mil habitantes. Não por isso deixou de desenvolver uma economia consistente e boa infra-estrutura para atender a esta demanda turística, sua fonte principal de renda.
Enquanto o turismo trouxe progresso e crescimento, tornando a cidade um pólo estadual para eventos, festas, competições esportivas, espetáculos e outras atrações, trouxe também sérios problemas para o meio ambiente e a cultura tradicional. Antes coberta pela Mata Atlântica, ali de biodiversidade especialmente rica pela variedade de ambientes criados pela geografia complexa da área, hoje tem este patrimônio natural severamente ameaçado e muito reduzido, com poucas áreas preservadas, já tendo perdido muitas espécies e estando outras tantas em perigo. Há notícia também de especulação imobiliária, de poluição, de pobreza, de criminalidade, todos problemas graves encontrados em cidades com crescimento acelerado. Este crescimento também tem repercutido negativamente sobre a sua herança histórica e artística, pois ainda não se percebe uma conscientização patrimonial bastante, por parte das instâncias oficiais e mesmo da população, para frear o ritmo acelerado de destruições ativas e perdas passivas de bens culturais materiais e imateriais.

Jaguarão (Brasil) x Rio Branco (Uruguai)
























O começo de Jaguarão remonta a 1802 com um acampamento militar fundado às margens do Rio Jaguarão pelo tenente-coronel Manuel Marques de Sousa. Em 1777, com o Tratado de Santo Ildefonso, o município de Jaguarão ficava em terras espanholas. A primeira vila que começou a se formar a partir de 1751 no Rio Grande do Sul foi Rio Grande que, com a invasão dos espanhóis em 1763, transferiu sua sede de governo para Viamão.
Com Dom João VI no Brasil, em 1808 e 1809, são criados definitivamente os municípios de Porto Alegre, Rio Grande, Rio Pardo e Santo Antônio da Patrulha. Cachoeira do Sul, vizinha de Rio Pardo, foi criada dez anos mais tarde. Em dezembro de 1830 criaram-se Pelotas e Piratini e em outubro de 1831, Alegrete, Caçapava do Sul, São José do Norte e Triunfo.
Jaguarão foi elevada a vila em 6 de julho de 1832, sendo o 12º município do estado. Situa-se na parte meridional do estado, na fronteira com a cidade de Rio Branco no Uruguai, às margens do Rio Jaguarão, que nasce na região montanhosa perto do município de Pinheiro Machado e corre aproximadamente em direção norte-sul até atingir as alturas de Aceguá, voltando-se depois para noroeste-sudeste, marcando a partir desta parte o limite entre as faixas centro-sul do estado e centro-oriental do Uruguai. Passa entre Rio Branco e o município de Jaguarão e deságua na Lagoa Mirim. Seu curso é de aproximadamente 270 quilômetros.
Uma das principais causas da criação de Jaguarão, foi a falta de acesso à justiça do então vila do Espírito Santo do Serrito no Jaguarão. Mesmo elevado a vila em outubro de 1832, o município propriamente dito demorou a se instalar. Em 22 de Maio de 1833 o município de Jaguarão desmembrou-se de Rio Grande e deu posse aos seus primeiros vereadores.
O município é conhecido por suas belas portas e está conservada e preservada por seus habitantes, exceto a Enfermaria Militar. Os exemplos de Arquitetura Eclética do centro da cidade datam de 1876 e de 1920, com frisos e marquises, e portas em estilo artesanal português.
Hoje a Estação Férrea de Jaguarão pertence a loja Maçônica General Osório 140 (Grande Loja), e esta em fase de restauração com grande parte concluída.
ARQUITETURA:
Encontra-se um acervo esplendoroso, conservado nas construções que datam da metade do século XIX. Mais de 800 prédios estão catalogados na Prefeitura Municipal por suas fachadas que conservam vários estilos arquitetônicos, onde predomina a beleza dos portais, obras artesanais de ramo primor.

Pontos turísticos:

O Museu Carlos Barbosa, construído em 1886, em estilo neoclássico, com 656m², residência do ex-presidente da Província, Dr. Carlos Barbosa Gonçalves, transformada em Museu e que permanece até hoje, como se ainda fosse habitada;
As Igrejas Matriz do Divino Espírito Santo, com altares esculpidos à mão; e a Imaculada Conceição, em estilo gótico;
O Cerro da Pólvora, de onde se descortina uma vista panorâmica da cidade;
A Ponte Internacional Barão de Mauá, inaugurada em 1930, uma das maiores obras da fronteira, unindo Jaguarão à cidade uruguaia de Rio Branco;
O Balneário da Lagoa Mirim, do lado uruguaio, paraíso ecológico, onde funciona o Cassino Oficial, convite para quem gosta de arriscar.
A rua 20 de Setembro, batizada Beira Rio, de onde se descortina o Rio Jaguarão, a grandiosidade da Ponte Internacional Mauá e a cidade de Rio Branco.
Ponte Internacional Barão de Mauá inaugurada em 1930 uma das maiores obras da fronteira unindo Jaguarão a Rio Branco, Uruguai;
Casa de Cultura Pompílio Neves de Freitas;
Prédio da Estação Férrea;
Ruínas da enfermaria militar;
Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, com altares esculpidos a mão;
Igreja Imaculada Conceição em estilo gótico;
Museu Carlos Barbosa Gonçalves - Prédio constituído em 1886 em estilo Neoclássico, com 656m², residência do ex-presidente da província. Dr. Carlos Barbosa, transformada em museu e que permanece até hoje como se ainda fosse habitada;
Praça Dr. Alcides Marques;
Teatro Esperança;
Mercado Municipal;
Hangar da Varig do início do século XX, hoje abandonado;
Cinema Regente, hoje não está em funcionamento, mas aberto para eventos;
Mercado Público Municipal - Início da construção em 1864 e concluída em julho de 1867. O Mercado Público Municipal, construído em estilo colonial português, tem formato de “U”, e traz um pátio interno, como as antigas casas portuguesas. Foi tombado pelo IPHAE, em 1990, está localizado num local privilegiado, pois de seu prédio avista-se o rio Jaguarão e a Ponte Internacional Mauá.


RIO BRANCO - URUGUAI

Río Branco é uma cidade do Uruguai localizada no departamento de Cerro Largo. A cidade deve seu nome ao brasileiro Barão do Rio Branco, sendo limítrofe com a cidade brasileira de Jaguarão.
Sua atividade principal são os diversos free-shops, que atraem uma grande quantidade de brasileiros.

São Lourenço do Sul










A origem de São Lourenço do Sul remonta ao final do século XVIII, quando a Coroa Portuguesa distribuiu sesmarias aos militares luso-açorianos que lutaram contra os espanhóis.
Aqui se estabeleceram, então, grandes latifúndios de exploração pecuária - as estâncias ou fazendas em cujas sedes foram construídas capelas em homenagem aos santos de devoção das famílias.
Em 1807, moradores da Fazenda do Boqueirão exigiram a capela consagrada a Nossa Senhora da Conceição e, em 1815, foi iniciada a construção de uma capela devotada a São Lourenço na estância com o seu nome. Em 1901 foi inaugurada a Igreja Nossa Senhora dos Navegantes com a 1ª Festa em homenagem à Rainha do Mar.
Por decreto de D. Pedro I, a Fazenda do Boqueirão foi elevada a Freguesia em 1830, quando se desmembrou da Vila de Rio Grande e se incorporou à Vila de São Francisco de Paula (atual cidade de Pelotas).
Em 1850, o Coronel José Antônio de Oliveira Guimarães doou parte da Fazenda São Lourenço, situada na margem esquerda do rio, para uma nova povoação. Ele também em 1858, firmou contrato comercial com o prussiano Jacob Rheingantz, para a criação da Colônia São Lourenço, o que deu origem a colonização alemã e predominantemente pomerana na região. Rheingantz foi diretor da colônia até 1877, quando faleceu, tendo sido substituído pelo seu genro, Barão Kurt August Adolf von Steinberg que a dirigiu até 1890.
O pequeno porto junto ao rio São Lourenço, que já servira à esquadra comandada por Giuseppe Garibaldi durante a Revolução Farroupilha, passou a ser um dos mais importantes portos de veleiros mercantes do sul do Brasil, contribuindo para o progresso da Colônia São Lourenço que se transformou em uma potência agrícola - a maior produtora de batata da América do Sul durante o século XIX e parte do século XX.
Em 26 de abril de 1884, a Freguesia de Boqueirão foi promovida à categoria de Vila, separando-se de Pelotas.
Graças ao crescimento do porto junto ao rio São Lourenço e ao fortalecimento do comércio, inclusive de exportação principalmente dos produtos agrícolas provenientes da Colônia São Lourenço, em 15 de fevereiro de 1890, a Freguesia de São Lourenço foi promovida à categoria de Vila, reunindo as freguesias de Boqueirão e São João da Reserva.
Em 31 de março de 1938, a Vila de São Lourenço tornou-se cidade, verificando-se acentuado progresso, uma vez que toda produção agrícola era comercializada devido à facilidade dos transportes aquáticos.
De colonização alemã, é uma das mais belas cidades da chamada Costa Doce (devido às lagoas de água doce da região). Além da agricultura e da pesca, possui forte vocação turística, apoiada por uma boa infra-estrutura de hotéis, pousadas, cabanas e campings para os veranistas que vêm de diversos lugares do Brasil. Ao turista que queira conhecer um pouco do interior do município há o Caminho Pomerano, opção para que gosta da zona rural e conhecer a etnia da qual descendem boa parte dos moradores de São Lourenço do Sul.
As praias de São Lourenço do Sul são de água doce, à beira da Lagoa dos Patos. São cinco quilômetros de orla com ondas cristalinas e rasas à sombra de plátanos, figueiras e coqueiros. As principais são a praia das Ondinas ou praia das Mães, a praia da Barrinha, e a praia das Nereidas ou praia das Crianças.

Cristal







Mesmo tendo sido fundando em 1988, desmembrado de Camaquã, a região tem importância histórica no Rio Grande do Sul, principalmente no que tange aos cenários da Revolução Farroupilha e foi palco de batalha conhecida como batalha do Passo do Mendonça em 1923 na Revolução Assisista. Ali está o Parque Bento Gonçalves, com um museu, que anteriormente era a casa deste revolucionário.