domingo, 23 de outubro de 2011

Taim

O Taim é o quarto distrito do município de Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul. O nome do distrito tem origem da alteração da expressão indígena "Tai Moing", que significa "cousa pequena em que penso". Estudos históricos comprovam a ocupação humana no Taim por índios charruas e minuanos, sendo ainda rota migratória de índios guaranis, especialmente do ramo dos arachanes. Isso pode ser constatado através de vestígios materiais nos sítios arqueológicos da região. Possui uma pequena vila cuja sede é conhecida popularmente por Capilha, que é simplesmente uma aldeia composta por algumas choupanas e uma pequeníssima capela. As comunidades buscam a sobrevivência através da pesca e da agropecuária. É neste distrito que se encontra a Estação Ecológica do Taim, protegida por diques em cada lado da rodovia que cruza o local, a BR-471.

Gramado & Canela

São duas belíssimas cidades da serra gaúcha. Estão na mesma postagem pois são muito próximas e suas belezas naturais e seus pontos turísticos se confundem entre muitos. Gramado: A região de Gramado foi desbravada inicialmente por descendentes de açorianos, os chamados tropeiros, que utilizavam a região para o descanso do gado. A região permaneceu quase despovoada até 1913, quando começaram a chegar os descendentes de imigrantes alemães e italianos, os quais somaram suas características culturais ao povoado em formação. Gramado foi desmembrado de Taquara e São Sebastião do Caí. Os primeiros moradores da região não eram elementos estrangeiros e teriam ali se estabelecido em 1875. Tempos após, em 1913, colonos descendentes de alemães e italianos ali se estabeleceram, iniciando o povoamento. Sua denominação parece ter-se originado de um pequeno campo que ali havia e que servia de lugar de repouso. É sabido que Gramado é um município filho de Taquara e neto de Santo Antônio da Patrulha. "O movimento emancipacionista de Nova Petrópolis foi precipitado pelo fato de que Gramado desejava emancipar-se de Taquara e para garantir a população necessária, propôs anexar Linha Araripe, Linha Brasil e Linha Imperial". A população destas linhas até já tinha assinado as linhas de adesão a Gramado, quando se iniciou o movimento emancipacionista de Nova Petrópolis, incentivada por São Sebastião do Caí. Da discussão, ficou com Gramado a parte já mencionada. Existem registros de quatro topônimos, ao menos, anteriores ao nome "Gramado". O município de Gramado foi criado pela Lei 2.522 em 15 de dezembro de 1954, após ser emancipado da cidade de Taquara. Gramado é uma cidade marcada por muitas belezas, possuidora de riquezas naturais exuberantes, sendo o maior pólo turístico do Rio Grande do Sul e um dos mais importantes do Brasil. A cidade destaca-se como centro de grandes eventos (congressos, seminários e encontros) além de sediar anualmente um dos mais tradicionais festivais de cinema da América Latina: o Festival Brasileiro e Latino de Cinema, durante o qual são distribuídos os prêmios Kikito. Mini Mundo é um parque em forma de uma mini-cidade. Outros eventos importantes, e que atraem milhares de turistas, são o festival natalino conhecido como Natal Luz e a Festa da Colônia, esta uma das festividades mais integradora dos grupos que colonizaram a região: açorianos, alemães e italianos. Entre as atrações mais visitadas pelos turistas estão o Mirante Vale do Quilombo, o lago Negro, o lago Joaquina Bier, o pórtico de entrada via Taquara, o pórtico de entrada via Nova Petrópolis, o Mini Mundo, a Cascata Véu de Noiva, a Aldeia do Papai Noel, no Parque Knorr, o Palácio dos Festivais, a Praça das Bandeiras, a rua Madre Verônica (rua coberta), a praça Major Nicoletti, a igreja São Pedro, o centro de cultura, o Museu dos Festivais de Cinema, igreja luterana, fábricas de chocolate, Museu de Cera Dreamland, inaugurado em dezembro de 2009, entre outros. Outro local que merece uma visita é o Museu Medival, situado num castelo estilo medieval (o qual vem sendo construído durante os últimos 30 anos, exclusivamente por uma única pessoa, seu proprietário), além de exibir brasões e armas medievais, também abriga o único Museu de Cutelaria do Brasil, exibindo facas, espadas, adagas, etc..., de todas as partes do mundo. Canela: Um dos mais importantes destinos turísticos do Rio Grande do Sul, a cidade de Canela teve seu primeiro núcleo urbano formado em 1903, quando o coronel João Ferreira Corrêa da Silva se instalou no local. Foi sob sua organização que se construiu a estrada para Taquara, de cujo território Canela fazia parte, e se instituíram os principais serviços. A principal praça de Canela recebeu o nome em homenagem a esse desbravador. O clima saudável e as belezas naturais deram sustentação à procura da cidade como centro de veraneio desde os anos 30 e especialmente a partir dos 40. Foi nessa época também que surgiu o movimento emancipacionista liderado por Pedro Sander, Nagibe da Rosa, Danton Corrêa da Silva, Attilio Zugno e Pedro Oscar Selbach. Em 28 de dezembro de 1944, a Lei Estadual nº 717 criou o município, que foi instalado quatro dias depois em 1º de janeiro de 1945. A estrada de ferro e as usinas de Canastra e Bugres colaboraram para consolidar a importância de Canela. Canela é uma cidade que oferece boa estrutura de comércio e serviço sem deixar de ser pacata e tranqüila. Faz divisa com a cidade de Gramado. A cidade é conhecida por atrações turísticas, como a Cascata do Caracol, o Parque da Ferradura e a Catedral de Pedra.

Caxias do Sul

Caxias do Sul é um município da Região Sul do Brasil, localizado no estado do Rio Grande do Sul. A cidade foi erguida onde o Planalto de Vacaria começa a se fragmentar em vários vales, sulcados por pequenos cursos de água, com o resultado de ter uma topografia bastante acidentada na sua parte sul. A área era habitada por índios desde tempos imemoriais, mas foi povoada pelo homem branco somente no final do século XIX, quando o governo do Império do Brasil decidiu colonizar a região com uma população europeia. Desta forma, milhares de imigrantes, em sua maioria italianos da região do Vêneto, mas com alguns integrantes de outras origens como alemães, franceses, espanhóis e polacos, cruzaram o mar e subiram a serra gaúcha, desbravando uma área ainda quase inteiramente virgem. Depois de um início cheio de dificuldades e privações, os imigrantes conseguiram estabelecer uma próspera cidade, com uma economia baseada inicialmente na exploração de produtos agropecuários, com destaque para a uva e o vinho, cujo sucesso se mede na rápida expansão do comércio e da indústria na primeira metade do século XX. Ao mesmo tempo, as raízes rurais e étnicas da comunidade começaram a perder importância relativa no panorama econômico e cultural, à medida que a urbanização avançava, formava-se uma elite urbana ilustrada e a cidade se abria para uma maior integração com o resto do Brasil. Durante o primeiro governo de Getúlio Vargas houve uma séria crise entre os imigrantes e seus primeiros descendentes e o meio brasileiro, quando o nacionalismo foi enfatizado e as manifestações culturais e políticas de raiz étnica estrangeira foram severamente reprimidas. Depois da II Guerra Mundial a situação foi apaziguada, e brasileiros e estrangeiros passaram a trabalhar concordes para o bem comum. Desde então a cidade cresceu aceleradamente, multiplicando sua população, atingindo altos índices de desenvolvimento econômico e humano, e tornando sua economia uma das mais dinâmicas do Brasil, presente em muitos mercados internacionais. Também sua cultura se internacionalizou, dispondo de várias instituições de ensino superior gabaritadas e apresentando uma significativa vida artística e cultural em suas mais variadas manifestações, ao mesmo tempo em que passava a experimentar problemas típicos de cidades com alta taxa de crescimento, como a poluição, surgimento de favelas e aumento na criminalidade. Antes da chegada dos imigrantes italianos a região era habitada por índios, e daí vem sua denominação antiga de Campo dos Bugres. Por ali também passavam tropeiros em seus deslocamentos entre o sul do estado e o centro do país, e os jesuítas tentaram fundar algumas reduções, embora sem sucesso. Na segunda metade do século XIX, em virtude da guerra de unificação italiana, aquele país europeu se encontrava em grave crise social e econômica, e os agricultores empobrecidos já não conseguiam garantir a subsistência. Nesta época o governo imperial do Brasil decidiu empreender a colonização de áreas desabitadas do sul do país, incentivando a vinda de imigrantes da Itália, após o bom sucesso da iniciativa semelhante com o elemento germânico. O interesse oficial pela preservação do patrimônio histórico e arquitetônico na cidade é relativamente recente, iniciou apenas em meados dos anos 1970 e progrediu devagar até a última década, e como resultado poucos edifícios sobreviveram à modernização urbana de meados do século XX em diante, com perdas graves, algumas insubstituíveis, como foi o caso do Cine Teatro Ópera, exemplar único de seu tipo, consumido por um incêndio que se suspeitou criminoso e que deu lugar a um estacionamento. Outro exemplo é o da Casa de Pedra, um exemplo típico da construção colonial do século XIX, sendo a única edificação em seu gênero, antes comum, que resistiu na área urbana. Embora transformado em museu desde 1975, somente em 2003 o prédio foi tombado. Entretanto, em anos recentes a Prefeitura, em parceria com outras instituições, iniciou um trabalho de identificação, tombamento e restauro de diversos prédios de valor histórico e arquitetônico, tanto na área urbana como na rural, e tem começado a proteger também o patrimônio histórico imaterial. Entre os imóveis tombados de estilo eclético, erguidos entre fim do século XIX e início do século XX, se encontram a Livraria Saldanha, o Hospital Carbone, o Palacete Eberle, a Casa Scotti, a Casa do Patronato Agrícola e a Casa Sassi. A Capela do Santo Sepulcro é uma interessante estrutura neogótica, e os prédios históricos da Metalúrgica Abramo Eberle são bons representantes da edificação industrial modernista. Embora não tombada, é de grande interesse e importância a Catedral de Caxias do Sul, construída a partir de 1895 em estilo neogótico, com uma bela série de vitrais alemães, altares laterais com estatuária de artistas locais como Pietro Stangherlin e Michelangelo Zambelli, e um grande altar-mor ricamente entalhado, obra de Francisco Meneguzzo. A Catedral faz um conjunto com a Casa Canônica, um palacete em estilo eclético que serve como residência do bispo. Além da proteção do tombamento, de acordo com a Lei Orgânica municipal de 1999 nenhum edifício ou obra com mais de 50 anos de idade, sejam prédios públicos ou particulares, igrejas, capelas, monumentos, estátuas, praças ou cemitérios, podem ser demolidos sem autorização prévia do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural. Outras instituições ligadas ao Departamento de Memória e Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura se dedicam a resgatar, estudar, sistematizar, preservar e divulgar relíquias do passado sob várias formas. Dentre elas se destacam: O Museu Municipal de Caxias do Sul, voltado para a preservação dos registros materiais do processo imigratório e civilizatório na região. Instalado na antiga residência Otolini, possui um grande acervo de utensílios dos antigos agricultores, outros ligados a ofícios urbanos variados, uma bela seção de arte sacra e uma multiplicidade de outras peças. O Museu é bem estruturado e oferece uma série de atividades voltadas para a comunidade. O Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, criado em 1976, estando hoje instalado no prédio do antigo Hospital Carbone. Estuda e conserva documentação escrita e visual variada, de origem pública e privada. O Memorial Atelier Zambelli, que preserva e expõe os remanescentes do estúdio de escultura da importante família de santeiros e decoradores, que atuou não só no município mas em toda a região de colonização italiana. O Museu da Uva e do Vinho Primo Slomp. Enfocando uma das atividades produtivas mais características do município, o Museu foi criado em 2002 no prédio histórico da Cooperativa Vitivinícola Forqueta, com um variado acervo de objetos utilizados na produção da uva e no fabrico do vinho, incluindo objetos empregados em atividades correlatas como a tanoaria e a cestaria. Dependente da Ordem dos Capuchinhos funciona o Museu dos Capuchinhos, que além de realizar exposições temporárias temáticas abriga um importante acervo de arte sacra recolhido de todo estado, preservando ainda outros objetos, como paramentos litúrgicos, livros, pinturas, fotografias, manuscritos, instrumentos musicais, ferramentas agrícolas, material doméstico e mobiliário, que de alguma forma se relacionam com a história da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul. À parte a tradicional Festa da Uva, que tem fortes raízes folclóricas e atrai um público de cerca de um milhão de pessoas, o turismo em Caxias do Sul foi relativamente pouco explorado, mas nos últimos tempos está ocorrendo um crescimento na atenção a este setor. A Secretaria do Turismo lançou em 2010 o projeto Semana Municipal do Turismo, com programações e passeios para o público e debates entre especialistas. Além de roteiros já consolidados, como La Città, Caminhos da Colônia, Estrada do Imigrante e Ana Rech, onde o visitante conhece a história da cidade e dos imigrantes enquanto tem a oportunidade de saborear pratos tradicionais e apreciar paisagens características, em 2008 uma parceria entre a Prefeitura e o Sebrae/RS identificou outras regiões com potencial turístico, entre elas os distritos rurais de Fazenda Souza, Santa Lúcia do Piaí, Vila Cristina, Vila Oliva e Vila Seca, desvendando, segundo Josemari Pavan, possibilidades que nem mesmo a população local conhecia. A partir deste estudo surgiram novas propostas de dinamização do setor. A cidade recebeu em média, entre 2005 e 2008, 350 mil turistas/ano, e as projeções indicam um crescimento de 11% até dezembro de 2011.