domingo, 23 de outubro de 2011

Taim

O Taim é o quarto distrito do município de Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul. O nome do distrito tem origem da alteração da expressão indígena "Tai Moing", que significa "cousa pequena em que penso". Estudos históricos comprovam a ocupação humana no Taim por índios charruas e minuanos, sendo ainda rota migratória de índios guaranis, especialmente do ramo dos arachanes. Isso pode ser constatado através de vestígios materiais nos sítios arqueológicos da região. Possui uma pequena vila cuja sede é conhecida popularmente por Capilha, que é simplesmente uma aldeia composta por algumas choupanas e uma pequeníssima capela. As comunidades buscam a sobrevivência através da pesca e da agropecuária. É neste distrito que se encontra a Estação Ecológica do Taim, protegida por diques em cada lado da rodovia que cruza o local, a BR-471.

Gramado & Canela

São duas belíssimas cidades da serra gaúcha. Estão na mesma postagem pois são muito próximas e suas belezas naturais e seus pontos turísticos se confundem entre muitos. Gramado: A região de Gramado foi desbravada inicialmente por descendentes de açorianos, os chamados tropeiros, que utilizavam a região para o descanso do gado. A região permaneceu quase despovoada até 1913, quando começaram a chegar os descendentes de imigrantes alemães e italianos, os quais somaram suas características culturais ao povoado em formação. Gramado foi desmembrado de Taquara e São Sebastião do Caí. Os primeiros moradores da região não eram elementos estrangeiros e teriam ali se estabelecido em 1875. Tempos após, em 1913, colonos descendentes de alemães e italianos ali se estabeleceram, iniciando o povoamento. Sua denominação parece ter-se originado de um pequeno campo que ali havia e que servia de lugar de repouso. É sabido que Gramado é um município filho de Taquara e neto de Santo Antônio da Patrulha. "O movimento emancipacionista de Nova Petrópolis foi precipitado pelo fato de que Gramado desejava emancipar-se de Taquara e para garantir a população necessária, propôs anexar Linha Araripe, Linha Brasil e Linha Imperial". A população destas linhas até já tinha assinado as linhas de adesão a Gramado, quando se iniciou o movimento emancipacionista de Nova Petrópolis, incentivada por São Sebastião do Caí. Da discussão, ficou com Gramado a parte já mencionada. Existem registros de quatro topônimos, ao menos, anteriores ao nome "Gramado". O município de Gramado foi criado pela Lei 2.522 em 15 de dezembro de 1954, após ser emancipado da cidade de Taquara. Gramado é uma cidade marcada por muitas belezas, possuidora de riquezas naturais exuberantes, sendo o maior pólo turístico do Rio Grande do Sul e um dos mais importantes do Brasil. A cidade destaca-se como centro de grandes eventos (congressos, seminários e encontros) além de sediar anualmente um dos mais tradicionais festivais de cinema da América Latina: o Festival Brasileiro e Latino de Cinema, durante o qual são distribuídos os prêmios Kikito. Mini Mundo é um parque em forma de uma mini-cidade. Outros eventos importantes, e que atraem milhares de turistas, são o festival natalino conhecido como Natal Luz e a Festa da Colônia, esta uma das festividades mais integradora dos grupos que colonizaram a região: açorianos, alemães e italianos. Entre as atrações mais visitadas pelos turistas estão o Mirante Vale do Quilombo, o lago Negro, o lago Joaquina Bier, o pórtico de entrada via Taquara, o pórtico de entrada via Nova Petrópolis, o Mini Mundo, a Cascata Véu de Noiva, a Aldeia do Papai Noel, no Parque Knorr, o Palácio dos Festivais, a Praça das Bandeiras, a rua Madre Verônica (rua coberta), a praça Major Nicoletti, a igreja São Pedro, o centro de cultura, o Museu dos Festivais de Cinema, igreja luterana, fábricas de chocolate, Museu de Cera Dreamland, inaugurado em dezembro de 2009, entre outros. Outro local que merece uma visita é o Museu Medival, situado num castelo estilo medieval (o qual vem sendo construído durante os últimos 30 anos, exclusivamente por uma única pessoa, seu proprietário), além de exibir brasões e armas medievais, também abriga o único Museu de Cutelaria do Brasil, exibindo facas, espadas, adagas, etc..., de todas as partes do mundo. Canela: Um dos mais importantes destinos turísticos do Rio Grande do Sul, a cidade de Canela teve seu primeiro núcleo urbano formado em 1903, quando o coronel João Ferreira Corrêa da Silva se instalou no local. Foi sob sua organização que se construiu a estrada para Taquara, de cujo território Canela fazia parte, e se instituíram os principais serviços. A principal praça de Canela recebeu o nome em homenagem a esse desbravador. O clima saudável e as belezas naturais deram sustentação à procura da cidade como centro de veraneio desde os anos 30 e especialmente a partir dos 40. Foi nessa época também que surgiu o movimento emancipacionista liderado por Pedro Sander, Nagibe da Rosa, Danton Corrêa da Silva, Attilio Zugno e Pedro Oscar Selbach. Em 28 de dezembro de 1944, a Lei Estadual nº 717 criou o município, que foi instalado quatro dias depois em 1º de janeiro de 1945. A estrada de ferro e as usinas de Canastra e Bugres colaboraram para consolidar a importância de Canela. Canela é uma cidade que oferece boa estrutura de comércio e serviço sem deixar de ser pacata e tranqüila. Faz divisa com a cidade de Gramado. A cidade é conhecida por atrações turísticas, como a Cascata do Caracol, o Parque da Ferradura e a Catedral de Pedra.

Caxias do Sul

Caxias do Sul é um município da Região Sul do Brasil, localizado no estado do Rio Grande do Sul. A cidade foi erguida onde o Planalto de Vacaria começa a se fragmentar em vários vales, sulcados por pequenos cursos de água, com o resultado de ter uma topografia bastante acidentada na sua parte sul. A área era habitada por índios desde tempos imemoriais, mas foi povoada pelo homem branco somente no final do século XIX, quando o governo do Império do Brasil decidiu colonizar a região com uma população europeia. Desta forma, milhares de imigrantes, em sua maioria italianos da região do Vêneto, mas com alguns integrantes de outras origens como alemães, franceses, espanhóis e polacos, cruzaram o mar e subiram a serra gaúcha, desbravando uma área ainda quase inteiramente virgem. Depois de um início cheio de dificuldades e privações, os imigrantes conseguiram estabelecer uma próspera cidade, com uma economia baseada inicialmente na exploração de produtos agropecuários, com destaque para a uva e o vinho, cujo sucesso se mede na rápida expansão do comércio e da indústria na primeira metade do século XX. Ao mesmo tempo, as raízes rurais e étnicas da comunidade começaram a perder importância relativa no panorama econômico e cultural, à medida que a urbanização avançava, formava-se uma elite urbana ilustrada e a cidade se abria para uma maior integração com o resto do Brasil. Durante o primeiro governo de Getúlio Vargas houve uma séria crise entre os imigrantes e seus primeiros descendentes e o meio brasileiro, quando o nacionalismo foi enfatizado e as manifestações culturais e políticas de raiz étnica estrangeira foram severamente reprimidas. Depois da II Guerra Mundial a situação foi apaziguada, e brasileiros e estrangeiros passaram a trabalhar concordes para o bem comum. Desde então a cidade cresceu aceleradamente, multiplicando sua população, atingindo altos índices de desenvolvimento econômico e humano, e tornando sua economia uma das mais dinâmicas do Brasil, presente em muitos mercados internacionais. Também sua cultura se internacionalizou, dispondo de várias instituições de ensino superior gabaritadas e apresentando uma significativa vida artística e cultural em suas mais variadas manifestações, ao mesmo tempo em que passava a experimentar problemas típicos de cidades com alta taxa de crescimento, como a poluição, surgimento de favelas e aumento na criminalidade. Antes da chegada dos imigrantes italianos a região era habitada por índios, e daí vem sua denominação antiga de Campo dos Bugres. Por ali também passavam tropeiros em seus deslocamentos entre o sul do estado e o centro do país, e os jesuítas tentaram fundar algumas reduções, embora sem sucesso. Na segunda metade do século XIX, em virtude da guerra de unificação italiana, aquele país europeu se encontrava em grave crise social e econômica, e os agricultores empobrecidos já não conseguiam garantir a subsistência. Nesta época o governo imperial do Brasil decidiu empreender a colonização de áreas desabitadas do sul do país, incentivando a vinda de imigrantes da Itália, após o bom sucesso da iniciativa semelhante com o elemento germânico. O interesse oficial pela preservação do patrimônio histórico e arquitetônico na cidade é relativamente recente, iniciou apenas em meados dos anos 1970 e progrediu devagar até a última década, e como resultado poucos edifícios sobreviveram à modernização urbana de meados do século XX em diante, com perdas graves, algumas insubstituíveis, como foi o caso do Cine Teatro Ópera, exemplar único de seu tipo, consumido por um incêndio que se suspeitou criminoso e que deu lugar a um estacionamento. Outro exemplo é o da Casa de Pedra, um exemplo típico da construção colonial do século XIX, sendo a única edificação em seu gênero, antes comum, que resistiu na área urbana. Embora transformado em museu desde 1975, somente em 2003 o prédio foi tombado. Entretanto, em anos recentes a Prefeitura, em parceria com outras instituições, iniciou um trabalho de identificação, tombamento e restauro de diversos prédios de valor histórico e arquitetônico, tanto na área urbana como na rural, e tem começado a proteger também o patrimônio histórico imaterial. Entre os imóveis tombados de estilo eclético, erguidos entre fim do século XIX e início do século XX, se encontram a Livraria Saldanha, o Hospital Carbone, o Palacete Eberle, a Casa Scotti, a Casa do Patronato Agrícola e a Casa Sassi. A Capela do Santo Sepulcro é uma interessante estrutura neogótica, e os prédios históricos da Metalúrgica Abramo Eberle são bons representantes da edificação industrial modernista. Embora não tombada, é de grande interesse e importância a Catedral de Caxias do Sul, construída a partir de 1895 em estilo neogótico, com uma bela série de vitrais alemães, altares laterais com estatuária de artistas locais como Pietro Stangherlin e Michelangelo Zambelli, e um grande altar-mor ricamente entalhado, obra de Francisco Meneguzzo. A Catedral faz um conjunto com a Casa Canônica, um palacete em estilo eclético que serve como residência do bispo. Além da proteção do tombamento, de acordo com a Lei Orgânica municipal de 1999 nenhum edifício ou obra com mais de 50 anos de idade, sejam prédios públicos ou particulares, igrejas, capelas, monumentos, estátuas, praças ou cemitérios, podem ser demolidos sem autorização prévia do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural. Outras instituições ligadas ao Departamento de Memória e Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura se dedicam a resgatar, estudar, sistematizar, preservar e divulgar relíquias do passado sob várias formas. Dentre elas se destacam: O Museu Municipal de Caxias do Sul, voltado para a preservação dos registros materiais do processo imigratório e civilizatório na região. Instalado na antiga residência Otolini, possui um grande acervo de utensílios dos antigos agricultores, outros ligados a ofícios urbanos variados, uma bela seção de arte sacra e uma multiplicidade de outras peças. O Museu é bem estruturado e oferece uma série de atividades voltadas para a comunidade. O Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, criado em 1976, estando hoje instalado no prédio do antigo Hospital Carbone. Estuda e conserva documentação escrita e visual variada, de origem pública e privada. O Memorial Atelier Zambelli, que preserva e expõe os remanescentes do estúdio de escultura da importante família de santeiros e decoradores, que atuou não só no município mas em toda a região de colonização italiana. O Museu da Uva e do Vinho Primo Slomp. Enfocando uma das atividades produtivas mais características do município, o Museu foi criado em 2002 no prédio histórico da Cooperativa Vitivinícola Forqueta, com um variado acervo de objetos utilizados na produção da uva e no fabrico do vinho, incluindo objetos empregados em atividades correlatas como a tanoaria e a cestaria. Dependente da Ordem dos Capuchinhos funciona o Museu dos Capuchinhos, que além de realizar exposições temporárias temáticas abriga um importante acervo de arte sacra recolhido de todo estado, preservando ainda outros objetos, como paramentos litúrgicos, livros, pinturas, fotografias, manuscritos, instrumentos musicais, ferramentas agrícolas, material doméstico e mobiliário, que de alguma forma se relacionam com a história da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul. À parte a tradicional Festa da Uva, que tem fortes raízes folclóricas e atrai um público de cerca de um milhão de pessoas, o turismo em Caxias do Sul foi relativamente pouco explorado, mas nos últimos tempos está ocorrendo um crescimento na atenção a este setor. A Secretaria do Turismo lançou em 2010 o projeto Semana Municipal do Turismo, com programações e passeios para o público e debates entre especialistas. Além de roteiros já consolidados, como La Città, Caminhos da Colônia, Estrada do Imigrante e Ana Rech, onde o visitante conhece a história da cidade e dos imigrantes enquanto tem a oportunidade de saborear pratos tradicionais e apreciar paisagens características, em 2008 uma parceria entre a Prefeitura e o Sebrae/RS identificou outras regiões com potencial turístico, entre elas os distritos rurais de Fazenda Souza, Santa Lúcia do Piaí, Vila Cristina, Vila Oliva e Vila Seca, desvendando, segundo Josemari Pavan, possibilidades que nem mesmo a população local conhecia. A partir deste estudo surgiram novas propostas de dinamização do setor. A cidade recebeu em média, entre 2005 e 2008, 350 mil turistas/ano, e as projeções indicam um crescimento de 11% até dezembro de 2011.

domingo, 21 de agosto de 2011

Bento Gonçalves










O local onde foi erguido o município era habitado por índios caigangues há tempo desconhecido, e foi povoado por imigrantes provindos da Itália por volta do ano de 1875, resultado dos esforços do governo imperial a fim de desenvolver a região. Assim, desde as primeiras levas de imigrações, milhares de imigrantes, não só da Itália, mas também alemães, polacos e espanhóis, desembarcaram no Brasil e ocuparam as terras até então desconhecidas onde hoje se encontra a cidade.
O nome do município remete ao General Bento Gonçalves da Silva, militar e revolucionário brasileiro, um dos líderes da Revolução Farroupilha, que buscava a independência da província do Rio Grande do Sul do Império do Brasil. Antes, ainda como colônia da cidade de Montenegro, já havia tido os nomes de Cruzinha e Colônia Dona Isabel.
A cidade abrange grande parte da área do Vale dos Vinhedos, região que abriga algumas das melhores vinícolas do país. Além disso, é sede de eventos importantes no cenário nacional como Fenavinho, ExpoBento, Fiema Brasil e Movelsul, todas realizadas no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, o segundo maior do tipo em todo o Brasil.
Antes de 1870, a área conhecida como Cruzinha, era habitada por índios. Em 1875, com a chegada dos primeiros 730 imigrantes italianos, dentre os quais agricultores, ferreiros, sapateiros, marceneiros, alfaiates, carpinteiros, foi estabelecida a colônia de Dona Isabel, em homenagem à princesa brasileira Isabel de Bragança. Em 1890, a colônia desmembrada do município de Montenegro com o nome de Bento Gonçalves em homenagem ao herói farroupilha, Bento Gonçalves.
Os colonos encontraram nesta região um clima favorável, semelhante ao europeu, para estabelecer a cultura da videira, que ainda é a predominante na região, no chamado Vale dos Vinhedos.
No início do século XX a rede ferroviária chegou à região, facilitando o escoamento da produção de vinho, proporcionando uma base econômica sólida para o município.
Entre os anos de 1919 a 1927 ocorreram a instalação de luz elétrica, da estação transformadora e da rede de distribuição. É também inaugurado o Hospital Bartolomeu Tacchini.
Em 1950, a população era de 22.600 habitantes. As principais atividades econômicas eram as do setor agrícola. Contudo, começaram a surgir várias indústrias, como acordeões, laticínios, móveis, curtume, fábrica de sulfato e vinícolas.
A cidade recebe milhares de visitantes todos os anos em virtude da quantidade de opções para o turismo, mas também por causa do seu potencial econômico, decorrente da qualidade de seus vinhos e do grande número de indústrias moveleiras sediadas na cidade, que correspondem a 40% da produção estadual do setor e a 8% da produção nacional. A qualidade de vida do município é uma das mais elevadas do país, mesmo com a crescente taxa de urbanização notável nos últimos anos, que contribui para a ocorrência de problemas como o deflorestamento e a instabilidade social.

A cidade recebe, em média, 800 mil visitantes por ano. São 31 estabelecimentos, entre hoteis e pousadas, com ocupação de leitos que vem crescendo anualmente.[15] O turismo em Bento Gonçalves está intimamente ligado à produção do vinho. A grande maioria das vinícolas tem as portas abertas para visitação. A origem cultural também é atração. Os principais caminhos para passeio no município são o Vale dos Vinhedos, os Caminhos de Pedra, o Vale do Rio das Antas e o passeio de Maria Fumaça, que vai de Bento à Carlos Barbosa. Entre as principais atrações turísticas, se destacam:

Pipa-pórtico - Monumento de entrada da cidade, tem 17,35 m de altura, e representa uma pipa, condizendo com o apelido da cidade, "A capital brasileira do vinho".
Vale dos Vinhedos - Situado num vale na divisa entre os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, é local de vinícolas e cultivo de uva, se transformando numa das mais procuradas atrações turísticas.
Caminhos de Pedra - Situado no distrito de São Pedro, o local é um atrativo por possuir casas antigas, a maioria de pedra, da época em que os primeiros imigrantes italianos vieram para a região nordeste do Rio Grande do Sul.
Maria-Fumaça - Passeio de trem partindo da estação de Bento Gonçalves, passando por Garibaldi e chegando à Carlos Barbosa, num trecho de 23 km, com música e comida típica da região.
Fenavinho - É a Festa Nacional do Vinho, evento que conta com música, shows, comida típica e muito vinho.
Ponte Ernesto Dornelles - Ponte da RST-470 sobre o Rio das Antas que liga Bento Gonçalves à cidade de Veranópolis. É a maior do mundo com arcos paralelos.
Rafting - Descida de 12 km no Rio das Antas, com cerca de duas horas de duração.
Via del Vino - Um dos locais mais freqüentados e movimentados da cidade, localizada no centro da cidade, abriga a Casa Del Vinho, onde, em dias de Festa, acontece a distribuição do Vinho Encanado. O vinho sai das pipas e, através de canos, chega às torneiras de distribuição. Na Via Del Vino, defronte ao Palácio Municipal, está situada La Fontana, um chafariz onde jorra água na cor de vinho.
Museu Histórico Casa do Imigrante - Museu com um acervo com 3000 fotos e quase 1400 peças sobre a imigração italiana, é patrimônio histórico do município.
CTGs - CTG Laço Velho, CTG Herdeiros da Bombacha, CTG Gaudério Serrano, CTG Laços da Amizade, CTG Cultura sem Fronteiras, CTG Paisanos da Tradição, CTG Presilha da Serra, CTG Alvorada Gaúcha.
Vinhos da Montanha - Rota feita em Pinto Bandeira, onde o visitante poderá apreciar o colorido da natureza, degustar vinhos e espumantes em cantinas da região.
Calçada da Arte - Nela estão fixadas obras de 29 artistas plásticos bento-gonçalvenses. As pinturas, feitas em tinta à óleo e acrílica, e as esculturas em madeira impermeabilizada são protegidas por placas de vidro blindado e retratam a história da colonização e da cultura italiana, o desenvolvimento do município e cenas do dia-a-dia.
Igrejas - No município estáo situadas as igrejas Cristo Rei, de estilo gótico, a Santo Antônio, de estilo romano, e a Igreja São Bento, no formato de pipa, em homenagem aos imigrantes italianos e à cultura do vinho, além de outras dezenas de capelas espalhadas pela cidade.
Bento Gonçalves também é sede de eventos como Movelsul, FIMMA Brasil, Bento em Vindima, Congresso Latino-Americano de Enoturismo, Vino Brasil, Avaliação Nacional de Vinhos, Fiema e ExpoBento.

Segredo






O nome do município está relacionado ao assassinato do Sr. Abel Batista da Silva, casado com Dna. Maria Francisca da Silva, e proprietário de uma quantia considerável de terras na região. O aparecimento de um corpo jogado num arroio da localidade, atribuído ao Sr. Abel, nunca foi comprovado. A morte dele implicou no julgamento de um empregado, Salvador Carvalho, e do escravo Benjamin que, a mando de Dna. Chica teriam assassinado o patrão. O empregado foi condenado a 12 anos de prisão e o escravo morreu açoitado.
O arroio onde apareceu o corpo ficou denominado de arroio do Segredo, dando origem ao nome da localidade. Ficção ou realidade, o certo é que ficou marcado na memória do povo, corroborada pela tradição oral.
A Paróquia São Marcos (fundada em 22 de abril de 1953), no centro da cidade, foi construída pensando-se que a cidade iria se desenvolver para um lado, e também a pedido de um de seus colaboradores, o então comerciante Antonio Mainardi (1905-1974), que possuía uma casa e um sítio em frente à paróquia e queria esta voltada para o seu lado. Mas a cidade se desenvolveu para o lado oposto: os descendentes de Mainardi mantiveram suas terras, o que impediu um maior crescimento da cidade para o lado em que a igreja se defronta. Portanto o melhor acesso à igreja é pelos fundos.

domingo, 31 de julho de 2011

Torres
















Torres é um município brasileiro situado no extremo norte do litoral Atlântico do estado do Rio Grande do Sul. A paisagem da cidade se destaca por ser a única praia do Rio Grande do Sul em que sobressaem paredões rochosos à beira-mar, e por ter à sua frente a única ilha marítima do estado, a Ilha dos Lobos.
O sítio da cidade foi habitado pelo homem desde milhares de anos atrás, que deixou testemunhos físicos na forma de sambaquis e outros achados arqueológicos. No século XVII, durante a colonização do Brasil pelos portugueses, por estar encravado em um estreitamento da planície costeira sulina, o local passou a se constituir rota de passagem obrigatória para os tropeiros e outros desbravadores e aventureiros luso-brasileiros vindos do norte pelo litoral - a única outra passagem que havia então era por cima do planalto de Vacaria - e que buscavam os rebanhos livres de gado que se multiplicavam no pampa mais ao sul e caçavam os indígenas para fazê-los escravos. Muitos acabaram por se fixar na região e se tornaram estancieiros e pequenos agricultores. E por dispor de morros junto à praia, logo foi reconhecido seu valor estratégico como ponto de observação e controle de passagem, de importância militar e política no processo de expansão do território português sobre o espanhol. Foi fundada ali na última quadra do século XVIII uma fortificação, que entretanto logo foi desmantelada quando a conquista se efetivou.
A construção da Igreja de São Domingos no início do século XIX atraiu para seu entorno muitos dos residentes dispersos na região, estruturando-se desta forma um povoado. Sua evolução ao longo deste século, porém, foi morosa, mesmo tendo recebido levas de imigrantes alemães e italianos, sobrevivendo numa economia basicamente de subsistência. A expansão econômica, social e urbana só aconteceu a partir do início do século XX, quando em vista de sua bela paisagem, clima ameno e boas praias de banho, o potencial turístico da cidade foi descoberto e passou a ser explorado. Desde então cresceu com mais vigor e celeridade, chegando hoje a se tornar uma das praias mais procuradas do estado, recebendo no verão um público flutuante mensal de duzentas mil pessoas, muitas delas estrangeiras, vindas principalmente dos países do Prata. Isso contrasta com as dimensões de sua população fixa, que pouco passa dos trinta mil habitantes. Não por isso deixou de desenvolver uma economia consistente e boa infra-estrutura para atender a esta demanda turística, sua fonte principal de renda.
Enquanto o turismo trouxe progresso e crescimento, tornando a cidade um pólo estadual para eventos, festas, competições esportivas, espetáculos e outras atrações, trouxe também sérios problemas para o meio ambiente e a cultura tradicional. Antes coberta pela Mata Atlântica, ali de biodiversidade especialmente rica pela variedade de ambientes criados pela geografia complexa da área, hoje tem este patrimônio natural severamente ameaçado e muito reduzido, com poucas áreas preservadas, já tendo perdido muitas espécies e estando outras tantas em perigo. Há notícia também de especulação imobiliária, de poluição, de pobreza, de criminalidade, todos problemas graves encontrados em cidades com crescimento acelerado. Este crescimento também tem repercutido negativamente sobre a sua herança histórica e artística, pois ainda não se percebe uma conscientização patrimonial bastante, por parte das instâncias oficiais e mesmo da população, para frear o ritmo acelerado de destruições ativas e perdas passivas de bens culturais materiais e imateriais.